sexta-feira, 11 de junho de 2010

Memórias do 8º FUP - A Educação centrada no aluno. E agora?

Olá!!!

Estive no Fórum sobre Educação a Distância que eu divulguei no meu blog e fiz algumas anotações sobre as palestras, que irei compartilhar com vocês.

O que não gostei do fórum foi que eu esperava uma palestra do Fredrick Litto, mas, na verdade, ele foi apenas organizador do evento e mediador da mesa-redonda, dando a palavra aos palestrantes. Ele começou falando um pouco a respeito da falta de senso de autoridade dos alunos, afirmando que atualmente a fonte da internet é mais confiável que outras para o aluno.


A Construção da Identidade do Universitário e seu impacto na sua imagem - Teresa Helena

A palestrante afirma que, para que o aluno construa sua identidade, é necessário:

- Visão integrada de suas aptidões e capacidades

- Participaçào em diferentes tipos de atividades;

- Conhecimento a respeito de si;

- Confirmação de suas aspirações;

- Diferentes experiências sociais.

(Erikson, 1972)


Ela afirma que a personalidade do aluno vai continuar em desenvolvimento. Não acaba quando entra na universidade e que essa fase é a da crise ou exploração (período de tomada de decisão, de escolha.

Teresa Helena fala também a respeito do Ciclo Mama, afirmando que primeiro há a fase de moratória (fase de decisão) e depois vem a identidade estabelecida. Quando entramos na Universidade, entramos novamente em moratória, pois descobrimos as várias áreas de atuação de nossa profissão e entramos na fase de decisão novamente.

O Pré-fechamento ou difusão de identidade ocasiona: insucesso acadêmico; desistência; desmotivação; desinteresse; dificuldade em se adaptar à universidade; dificuldades para gerir sua aprendizagem; fraca relação com os docentes e discentes.

A aprendizagem também se dá no coletivo e os alunos com difusão de identidade muitas vezes não se colocam .

O adolescente pensa que só pode fazer uma faculdade, que não pode mudar de opção. Tem mais mulheres alunas do que homens como alunos e há mais professores homens que mulheres.

Efeito Ensino Superior: desenvolvimento moral; independência pessoal.

A universidade é um período propício ao desenvolvimento pessoal.

Estudante universitário contemporâneo: aspectos psicológicos, culturais e sociais –

Maria Cristina

A palestrante inicia realizando os seguintes questionamentos: Como o universitário percebe essa globalização atual? Quem é o nosso jovem? O que ele espera da sua formação?

Ela responde dizendo que eles esperam ser realmente um profissional, ser crítico, mas os alunos ficam desgastados e tornam o processo de aprendizagem solitário.

Os jovens quase não lêem, tm dificuldade para a produção, tem uma linguagem empobrecida, não tem leitura crítica, escrita organizada, mas eles se comunicam, tem muito conteúdo e profundidade com as informações, com a tecnologia. O aluno escuta e reproduz.

Isso é um problema que veio do início da vida escolar dos estudantes e que a gente tenta solucionar agora. Temos que mudar mudando primeiro o professor. Tem muitos que não realizam muitas leituras.

Perfil universitário: desenvolvimento e habilidades; potencial para aprender; conhecimento; história.

Fatores esxtraescolares: cultura; família, sociedade, meios e suportes.

Os fatores extraescolares tem sido mais relevantes.

Cristina.joly@saofransisco.edu.br


Uso de fontes de informação pelos universitários – Murilo Cunha


Biblioteca: auto-atendimento, tendendo para a auto-suficiência; satisfação; integração.

A interatividade social nas bibliotecas está deixando de existir.

Efeito Amazoogle: completo, acessível, satisfação imediata.


O palestrante falou a respeito do problema do plágio na universidade, da proliferação do aprendizado eletrônico e da mudança do padrão de pesquisa e aprendizagem (e-science).

Dificuldades das bibliotecas: falta de recurso humano, adaptar às necessidades dos usuários. Hoje temos bibliotecas híbridas.

Murilo Cunha disse que os documentos dos escritores de antigamente estão preservados e levantou a questão de como preservar os documentos dos escritores de hoje.

Acesso igualitário: hoje podemos ter acesso a qualquer biblioteca do mundo que esteja disponibilizada na internet; gestão da informação e do conhecimento.

Padrão dominante: redução do acesso guiado ao conteúdo; desagregação e deslocamento (estamos usando agora capítulos de livros, ao invés do livro inteiro. Estamos na era capitular??); colaboração e contexto.

O palestrante afirmou também que se tornou mais fácil a conexão das pessoas, tecnologias e economias e muitos usuários não querem mais as fontes impressas.


Planejamento e Organização de cursos a distância online – Wilson Azevedo


- Bom senso aplicado. As pessoas perdem facilmente o bom senso com a tecnologia, se matriculando em vários cursos apenas para obter certificado.

- Identificação de objetivos – com eles, você sabe qual será o tipo de aprendizagem.

,uitas pessoas dizem: "Quando eu for professor, jamais farei isso ou aquilo". Mas como fazer, vai descobrindo com o tempo.

Wilson Azevedo falou sobre a Teoria do balde, que muitos professores utilizam, em que o aluno é um balde vazio que o professor vai jogando coisa. Aí no dia da prova o professor vê o que continuou no balde e o que evaporou.

- Identificação de público-alvo – o perfil do aluno vai mudando ao longo do tempo, é mutável. Você pode levantar alguns focos de interesse dos alunos.

- Definição do modelo do curso online (Mason) conteúdo + suporte – Se você adota um modelo e fica restrito a ele, você fica preso. Se já existem modelos, porquê pensar o que vou fazer? É só escolher o que achar melhor.

Azevedo afirmou que os cursos online começaram com a Open University, em 1975. Depois dos anos 90, já existiam vários cursos online.

Ele indicou o livro "Didática no ensino a distância" e falou um pouco sobre a Radiofoto, que é o rádio na TV.

- Modelo “Wrap-around” – você tem um material didático e interação entre professor e aluno de forma coletiva em volta desse conteúdo.

- Modelo integrado – o tempo do aluno inverte aqui. Passa 10% do tempo lendo o conteúdo e o resto interagindo com os colegas.

- Quantificação de tempo – EaD é educação sem aula, mas o tempo pode ser quantificado. Quantificar o tempo em cursos online é quantificar a leitura e a escrita. Como não há aula, nós ganhamos nisso, pois cada um faz em seu ritmo.

- Nos cursos presenciais, não usamos somente o tempo de sala de aula, pois há o tempo de deslocamento para a sala de aula, o tempo de leitura e de realização de trabalhos fora de sala de aula.

Estão criando variações dialetais na escrita do português com o uso das redes de comunicação, como MSN e Orkut.

- Organização de um programa/cronograma – organizar um programa é selecionar, é ver o que eu posso deixar de fora e deixá-los como complementar, para quem queira se aprofundar.

O palestrante sugeriu que a programação do curso seja semanal, para que o aluno possa se organizar. Disse que pode ser com mais dias, mas no mínimo semanal.

- Definição de material didático – você pode utilizar material pré-existente, biblioteca virtual. Há a Biblioteca 2.0.

Ele sugeriu como local de pesquisa o site: www.pastadoprofessor.com.br

- Preparação da avaliação – rubrica de avaliação (critérios para a avaliação dos alunos): graduar, dar um valor a cada tipo de participação nos fóruns.

- Relatório de Aprendizagem - Ele sugere que os alunos realizem uma Autoavaliação, dizendo o que ele tem que aprender mais.

- Portifólio – são as atividades que ele participou durante o curso.

Não precisa ficar preso à prova e à avaliação.

- Preparação do ambiente

-Chat - Ele sugere o Grupos.im

Wilson Avevedo não gosta do Moodle, prefere o Mash-up. Ele disse que com o Mash-up, perde-se totalmente o controle do aluno, o que o palestrante acha bom.

Wilson@aquifolium.com

Aquifolium educacional – www.aquifolium.com.br


A relação professor-aluno na educação a distância – Maria Helena




EaD – Processo educativo organizado e sistematizado, no qual a relação professor-aluno se dá de maneira mediatizada.

Características:

- Distância

- Materiais didáticos auto-instrucionais

- Flexibilidade

- Modalidades: assíncrona x síncrona

- Foco na aprendizagem do aluno. O aluno é responsável por sua aprendizagem. É ele quem administra em que momento vai acessar o material de leitura, quando irá realizar as atividades, etc.

- Interatividade.

- Conversação dialógica guiada. O aluno dialoga com os textos colocados no curso, com as imagens, com o tutor, monitor, com as mensagens enviadas, etc.

O aluno deve ter disciplina para poder guiar seu tempo durante o curso.

Papel do tutor: mediador pedagógico. Tem o papel de apoiar, tirar as dúvidas, animá-lo.

Vantagens da EaD:

- Elimina ou reduz as barreiras de acesso aos cursos;

- Atende ao ritmo e tempo próprio dos alunos;

- Atende ao perfil atual dos jovens “nativos digitais”;

- Integra pessoas distantes geograficamente;

- Construção de comunidades virtuais.

Maria Helena afirma que daqui a algum tempo, não teremos mais caderno em sala de aula. Os alunos irão fazer as anotações em seus computadores. Ela diz que é mais trabalhoso trabalhar a distância do que no virtual.

Desvantagens da EaD:

- Maior dedicação do professor;

- Perca do aspecto social do aprendizado;

- Sentimento de isolamento;

- Dificuldade de leitura e interpretação de texto;

- Dificuldade para usar a tecnologia.

Ela diz que é através do outro que eu me reconheço como ser e que eu me reconheço. Então, a interação social é importantíssima.

Um conceito usado por Vygotsky é a mediação. É através dela que internalizamos o nosso conhecimento.

Construtivismo: O aluno constrói seu conhecimento através da interação com colegas e professor/tutor. O professor deve propor problemas e desafios, abandonando a atitude de conferencista.

E-mail: mhcunha@ucb.br

“Ensinar exige querer bem aos educandos’’ (Paulo Freire, 1998)


Carmem Prata

A palestrante Carmem Prata falou a respeito de um repositório de conteúdo online que possui vídeos, animações, imagens, áudio, cursos públicos, etc. Estes passam por 2 comitês de avaliação, para que sejam disponibilizados no site. O Banco possui 10.020 objetos publicados.

O repositório pode ser acessado pelo seguinte link: www.repositoriopublico.mec

Carmem Prata falou também a respeito do funcionamento do Portal do Professor (www.portaldoprofessor.mec.gov.br), apresentando as ferramentas disponíveis e a utilidade do site para os educadores.

- O Portal do Professor possui uma rápida localização dos conteúdos.

- Quando o professor aprende bem alguma coisa, ele aplica isso na sala de aula. Mas quando enchem o professor de informação, não entra nem no nível de memorização e ele não consegue transmitir aos alunos.

- O professor deve acompanhar o desenvolvimento do aluno. Como isso não acontece na prática com os alunos de curso superior, estes não irão aplicar com seus alunos posteriormente.

- Com o Portal do Professor, é possível saber qual a metodologia utilizada pelos professores de todo o Brasil para trabalhar determinado tema.

- Em algumas sugestões de aula, fica visível a falta de informação do professor.

E-mail: carmemprata@mec.gov.br




É isso, pessoal! Espero que agregue algum conhecimento a vocês!

Abraços,

Aline Moser

1 comentários:

Solange Mota disse...

Olá Aline!

Foi muito gratificante participar desse Fórum. Quando eu quiser relembrar de algo vou dar uma passadinha por aqui! rs rs rs.

Beijos
Solange Mota

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